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Ananindeua, Pará, Brazil
Qual a verdade que você repete a si mesmo? Quais as mentiras que você nunca diz?... E se a sua boca falasse somente aquilo que contém o seu coração, do que você falaria?... E se as palavras já ditas fossem como uma mordaça em sua boca... E se o teu silêncio fosse mais forte que mil palavras, ainda assim manterias o teu grito?!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dois mundos

Ela queria um homem diferente a cada final de semana...
A amiga queria apenas um pouco mais de tempo pra ficar com o filho e cuidar de suas coisas...
Ela se achava ainda muito jovem. Queria viver com intensidade e liberdade...


A amiga, mesmo sendo mais nova, se sentia cansada. As poucas coisas que vivera até então foram intensas demais...


Ela, dentro de pouco tempo, se formaria como advogada...
A amiga ainda sonhava em voltar a estudar para completar o ensino médio...

       


Ela até pensava em ter filhos, porém queria planejar, esperar a "hora certa"...
A amiga tornou-se mãe aos dezesseis. Mal sabia o que era sexo, mal conhecia o seu corpo...



Ela dizia ter muita sorte com seus parceiros. Sua vida sexual lhe dava muito prazer...



A amiga também sentia muito prazer nas relações, mas nem tudo eram flores...se expôs ainda muito jovem ao sexo e sofreu diversas vezes com a falta de experiência e com a falta de sensibilidade de seus parceiros..


Ela ia pra universidade dirigindo o seu próprio carro...
A amiga sufocava todos os dias nos ônibus lotados...


Ela exibia com orgulho as fotos da última viagem ao litoral. Um bom hotel, sabores diferentes, passeios, baladas, prazeres...
A amiga nunca colocara os pés muito longe de sua cidade...os seus postais estavam apenas no seu imaginário, e nas imagens que assistia na televisão...


     

Dois mundos:
Ela, a filha da patroa...
A amiga, a empregada da casa...

Mas será que tudo são apenas diferenças, desigualdades? Injustiça?  Oportunidades pra uma e dificuldades pra outra? Ou ambas têm a mesma condição de escolhas?

Ela se queixava algumas vezes da cobrança dos pais, da angústia que era ter que sempre produzir bons resultados na universidade, na escola de idiomas, nos cursos livres...
A amiga se dizia feliz, mesmo em meio as angústias de cada dia...

Ela disse uma vez pra amiga que admirava a sua garra, seu esforço pra criar o filho, mesmo tendo que deixá-lo com a mãe durante o dia, e abrindo mão muitas vezes do lazer nos fins de semana para ficar com ele...
A amiga sentia admiração por ela, sentia uma certa doze de inveja: da  elegância dela, das roupas, dos amigos bonitos (cada bebezinho!), da pele macia e muito limpa dela...

    

Uma situação delicada contribuiu muito pra fortalecer a amizade entre elas:
A dona da casa encontrou certa vez uma pequena quantidade de maconha dentro de uma gaveta. Quis saber quem trouxera aquilo para dentro de sua casa. Apenas quatro pessoas tinham livre acesso à casa: a patroa, o marido, a filha e a empregada (a amiga). Como a dona da casa e o marido estavam acima de qualquer suspeita, restavam somente a amiga e ela para se suspeitar. A amiga sabia que a droga era da filha da patroa, pois já havia flagrado ela fumando em outra ocasião, porém não a delatou, nem assumiu que a maconha era sua.
A dona da casa confiava na filha, eram amigas, e a filha lhe contava praticamente tudo, tinha quase certeza que a droga só podia ser da empregada.





A dona da casa pressionou a empregada, ameaçou demiti-la se ela não lhe falasse a verdade. Por outro lado, a filha pediu a amiga que não dissesse nada a sua mãe, e mais, pediu que a amiga assumisse que a droga era sua para que o assunto fosse encerrado, ela prometeu a amiga que a mãe na iria coloca-la na rua.
Assim foi feito. Ela guarda grande gratidão para com a amiga. Nunca mais levou droga pra casa. Diz que muito raramente faz uso, e que portanto não se deixa viciar...


Algum tempo depois ela teve a chance de retribuir o favor à amiga:
O filhinho da amiga adoeceu e corria risco de morte, ela prontamente se colocou a disposição. Levou a criança ao hospital, providenciou atendimento de emergência, chamou o médico da família, e deixou a amiga sossegada, disse que seus pais pagariam por tudo, ela iria pedi isso a eles.
A amiga ficou muito grata, lhe deu um forte e agradecido abraço, disse que agradecia muito a Deus em tê-la por perto...


A amizade das duas se fortaleceu muito...


(...)


Essa história não se encerra aqui...
Esse post pode ser classificado como Conto Breve...
O texto é de autoria de Natan...
As imagens foram obtidas na internet.


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