Mais do mesmo

O amor nunca tem fim.

E se terminar?...

É simples, se terminar é porque não é amor.

Alguém me perguntou alguns dias atrás se eu já tinha me apaixonado alguma vez.

Disse que não. Mas eu disse também que amava várias pessoas.

Percebi no rosto dela um certo embaraço... "hã, como assim?"

Não quero discutir diferença entre paixão e amor, a resposta é óbvia demais.

Limito-me a dizer que amor é de uma nobreza simples e rara, enquanto paixão pode vir carregada de mazelas (desejo de posse, ciúme, desconfiança).

      

''Se a paixão fosse realmente um bálsamo, o mundo não pareceria tão equivocado.

Te dou carinho, respeito, um afago. Mas entenda, eu não estou apaixonado..."

(R. Russo)

     

Pergunta: pode a paixão nos fazer felizes?

É óbvio que eu não sei a resposta, pois, como já disse, nunca me apaixonei. Porém, saber lidar com sentimentos faz toda diferença, e pode ser determinante pra nos fazer felizes ou amargurados.

O amor é libertário, não ha posse, há liberdade.

Quem ama ta disposto a tudo pra fazer o outro feliz, ainda que isso resulte na sua própria dor.

O amor nos faz ser pacientes. Nos ensina a saber esperar.

Muitas vezes banalizamos o amor, e ele torna-se apenas uma palavra escrita na areia prestes a desaparecer na primeira onda. 

O modo como lidamos com sentimentos e o modo como nos relacionamos estão sempre determinando nossas escolhas, por exemplo:

Tem gente que sempre procura os mesmos padrões de relacionamento, e por isso sempre está disposto a se envolver apenas com pessoas de um mesmo nivel cultural e social; 

outras se apegam mais facilmente pelo estilo de vida, como gosto pela noite, baladas e farras;

outras abrem espaço na sua vida apenas para pessoas que sejam compatíveis com suas opções religiosas;

outras tem medo de sofrer, e por isso mantem sempre um pé atrás, demora a deixar-se envolver... acontece que o medo de sofrer acaba se transformando também em medo de ser feliz.

Deixemos então que todas as coisas se complementem, mesmo quando apresentarem divergências, pois é na soma que se enriquece o pecúlio comum.